Por que as mulheres negras e periféricas merecem nosso olhar?
Você já ouviu falar em vulnerabilidade?
Vulnerabilidade social é um conceito multidimensional que diz respeito a uma condição de fragilidade material ou moral de indivíduos ou grupos diante de riscos produzidos pelo contexto econômico-social. Está relacionado a processos de exclusão social, discriminação e violação de direitos desses grupos ou indivíduos, em decorrência do seu nível de renda, educação, saúde, localização geográfica, raça, dentre outros.
Hoje no Brasil, ao pensarmos os marcadores sociais de saúde, percebemos que as mulheres mais vulnerabilizadas e que, portanto, menos têm acesso a serviços de saúde sãos as mulheres negras e pobres.
A pesquisa nascer no Brasil, evidenciou no ano de 2012 que as mulheres negras tinham menor número de consultas pré-natais quando comparadas com as brancas, assim como tinham peregrinado mais para chegarem ao local do parto e tiveram seu direito a acompanhante cerceado em um número de vezes superior ao das mulheres brancas.
Mesmo quando comparadas a partir do nível de escolaridade, mulheres negras com nível superior se sentiram pior atendidas do que mulheres brancas e tiveram menos tempo de atendimento em consultas também.
Hoje 65,9% das vítimas de violência obstétrica são negras, e também são elas que recebem menos analgesia para alívio das dores no parto. Além disso, a taxa de mortalidade materna está em 62,8% entre as mulheres negras versus 35,6% em mulheres brancas.
Desta forma, observando que nós, mulheres negras, estaríamos mais susceptíveis a tais iniquidades, entendemos que mesmo militando e lutando para que haja melhoria do sistema público de saúde, havia em nós e para essas mulheres, uma necessidade urgente, social e moral de oferecê-las a mesma possibilidade de contratação de um atendimento seguro, qualificado e digno, com a mesma facilidade que mulheres de classes privilegiadas o contratam.
O Sankofa atende a todas as mulheres com o mesmo cuidado e carinho, mas aqui, deixamos um canal aberto, de facilitação para o atendimento daquelas que nunca se sentiram contempladas por qualquer outro tipo de serviço em saúde.
Trata -se de empatia. Trata-se de equidade.
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